No próximo fim de semana celebramos o 7º ano da Aliança de Amor em Confins/MG, onde Maria estabeleceu seu Santuário Tabor da Liberdade. Nesta terra de povo simples
- que fala "sô" a cada três ou quatro palavras,
- que usa "uai" como ponto final, de exclamação, interrogação e vírgula,
- que adora um pão-de-queijo, principalmente o da vovó (é o meu caso),
- que não sabe o que é mar enquanto não chega janeiro e sobra um dinheirinho pra ir até Guarapari, Cabo Frio ou Piúma; e descobre que lá tem mais mineiros do que aqui,
- que mede as distâncias em morros (ex.: "Daqui até lá são três morros"),
- que vai ao shopping uma vez por semana, sem dinheiro, e assiste a um filme no cinema pagando meia,
- que simplifica palavras complicadas como "cóssega" (cósga),
- que usa "trem" como palavra curinga,
- que não vê nada de estranho em uma Igreja em forma de montanha,
- que tem um churrasco pra ir todo final de semana,
- que vai a exposição de qualquer coisa: boi, orquídea, cachaça, trator, morango - contanto que tenha música e muita gente,
- que acha a maravilhosa vista da Serra do Curral a coisa mais normal do mundo,
- que todo domingo almoça na casa da vó,
- que sabe onde fica o "nariz de Minas,"
mas que, acima de tudo, sabe conquistar o Brasil e o mundo com sua hospitalidade e generosidade, com este jeitinho desconfiado e quieto de quem "come pelas beradas," que sabe dar valor à família e principalmente à fé, aquela que move montanhas, e haja montanha! Foi aqui que ela escolheu morar.
Fica conosco Senhora até que o sol não brilhe mais.
Por Rodrigo Monteiro Amaral